Luiz Francisco Rebello

Na Galipedia, a Wikipedia en galego.
Infotaula de personaLuiz Francisco Rebello

Editar o valor em Wikidata
Biografía
Nacemento10 de setembro de 1924 Editar o valor em Wikidata
Lisboa, Portugal Editar o valor em Wikidata
Morte8 de decembro de 2011 Editar o valor em Wikidata (87 anos)
Lisboa, Portugal Editar o valor em Wikidata
Datos persoais
País de nacionalidadePortugal Editar o valor em Wikidata
EducaciónUniversidade de Lisboa Editar o valor em Wikidata
Actividade
Campo de traballoDereito, literatura, história do teatro (pt) Traducir, Drama e tradución Editar o valor em Wikidata
Ocupaciónlingüista , xurista , dramaturgo , escritor , crítico literario , historiador , avogado , tradutor Editar o valor em Wikidata
LinguaLingua portuguesa Editar o valor em Wikidata
Premios

Musicbrainz: c45010ce-10dd-44ef-8a17-2b6dee7a76bd Editar o valor em Wikidata

Luiz Francisco Correia Mendes Rebello, coñecido como Luiz Francisco Rebello, nado en Lisboa o 10 de setembro de 1924 e finado na mesma cidade o 8 de decembro de 2011,[1] foi un avogado, dramaturgo, crítico teatral, historiador de teatro e ensaísta portugués. Foi especialista de fama internacional en materia de dereitos de autor, disciplina que ensinou na Universidade de Coímbra.[2]

Xuntamente con José Saramago, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, en 1992, un dos fundadores da Fronte Nacional para a Defensa da Cultura (FNDC).[3]

Traxectoria[editar | editar a fonte]

Licenciado en Dereito pola Universidade de Lisboa, presidiu a Sociedade Portuguesa de Autores durante 30 anos (1973 a 2003),[4] tendo saído en maio de 2003, após ter sido acusado de xestión fraudulenta e danosa. Foi electo, en 1976, vice-presidente da Confederación Internacional das Sociedades de Autores e Compositores, ata 1978.[5] Con conexións ao teatro, fundou e dirixiu, en 1946, xuntamente con Gino Saviotti, o Teatro-Estudo do Salitre[2] e, en 1971, foi nomeado director do Teatro São Luiz, cargo do que se viría a dimitir o ano seguinte por non concordar coas inxerencias da Comisión de Censura.[6]

Colaborou en moitos xornais e revisadas, entre eles a Colóquio-Letras, o Jornal de Letras, a Seara Nova e a Vértice, na revista luso-brasileira Atlántico , no semanario Mundo Literario[7] (1946-1948) e aínda na revista Arte Opinião (1978-1982).[8][9] Dirixiu, desde 1971, un Dicionário do Teatro Português, publicado en fascículos.

Jean-Paul Sartre e Pirandello foron os autores que máis o influenciaron a nivel estético.

Vida persoal[editar | editar a fonte]

Casou coa actriz Mariana Villar, de quen tivo unha filla, a tamén avogada e autora Catarina Rebello.

Obras[editar | editar a fonte]

Textos teatrais[editar | editar a fonte]

  • A culpa (1931).
  • A lição do tempo (1941).
  • O ouro que Deus dá (1943).
  • Jogo para um Natal de Cristo (1944).
  • A invenção do guarda-chuva (1944). En colaboración con José Palla e Carmo.
  • Ventania (1945).
  • O mundo começou às 5 e 47 (1946).
  • O dia seguinte (1948-49). Traducida e representada en doce países.
  • O fim na última página (1951).
  • Alguém terá de morrer (1954).
  • É urgente o amor (1956-57).
  • Os pássaros de asas cortadas (1958). Adaptado ao cinema por Artur Ramos.[10]
  • Condenados à vida (1961-63).
  • Dente por dente (1964). Adaptación, versión libre de Shakespeare.
  • A visita de sua Excelência (1962-65).
  • Liberdade, Liberdade (1974). Apatación e versión libre de Miollor Fernandes.
  • Prólogo alentejano (1975).
  • O parto dum partido (1975-76). Obra satírica.
  • A lei é a lei (1977).
  • O grande mágico (1979).
  • Portugal anos Quarenta (1982).
  • Todo o amor é amor de perdição (1990). Transposición para televisión do processo de Camilo Castelo Branco.
  • A desobediência (1995). Sobre a resistencia de Aristides Sousa Mendes, cónsul portugués en Bordeos, que nos anos 40 salvou millares de xudeus da loucura nazifascista.
  • As páginas arrancadas (1999).
  • É urgente o amor (1999). (nova versão).
  • Triângulo escaleno (2002).
  • Amanhã, à mesma hora, no mesmo lugar ou O lugar-comum (2003). Obra satírica.
  • O órfão de Deus (2005). “Mitobiografía dramática” sobre Uriel da Costa.

Teatro completo[editar | editar a fonte]

  • 1999: Todo o Teatro: Vol. I. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Biblioteca de Autores Portugueses.
  • 2006: Todo o Teatro: Vol. II. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Biblioteca de Autores Portugueses.

Estudoso e crítico[editar | editar a fonte]

  • D. João da Câmara e os caminhos do teatro português (1949).
  • Teatro moderno: caminhos e figuras (1957).
  • Teatro português, do romantismo aos nossos dias (1959, 2 voll.).
  • Imagens do teatro contemporâneo (1961).
  • História do teatro português (1967, 5ª ed. 1999). Libro traducido para inglés, francés e español.
  • O jogo dos homens (1971).
  • Combate por um teatro de combate (1977).
  • O primitivo teatro português (1977).
  • O teatro naturalista e neo-romântico (1978).
  • O teatro simbolista e modernista (1979).
  • O teatro romântico em Portugal (1980).
  • Variações sobre o teatro de Camões (1980).
  • 100 anos de teatro português (1984).
  • História do teatro de revista em Portugal (1984 -vol. I- e 1985 -II-).
  • O teatro de Camilo (1991).
  • Fragmentos de uma dramaturgia (1994).
  • O palco virtual (2004).

Memorias[editar | editar a fonte]

  • O passado na minha frente (2004).

Editor e organizador[editar | editar a fonte]

  • Santareno, Bernardo (1984-1987). Obras completas (org. Luiz Francisco Rebello). Lisboa: Caminho, 4 volumes.
  • Sena, Jorge de (1988). Do teatro em Portugal. Edições 70
  • Teatro Estúdio do Salitre (1996).
  • Teatro português em um acto (1900-1945) (1997).
  • Teatro português em um acto (1800-1899) (2003).
  • Teatro português em um acto (século XIII-XVIII) (2006).
  • Teatro romântico português: o drama histórico (2007).

Premios e homenaxes[editar | editar a fonte]

  • 1942-43: A lição do tempo, vencedora do 1° Prémio da Mocidade Portuguesa.
  • 1985: Comendador da Orde do Infante D. Henrique
  • 1991: Insignias de Cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito atribuídas polo Ministro da Comunicación francês George Kiejemann.
  • 1999: Grande-Oficial da Orde Militar de Sant'Iago da Espada.
  • 1964: Premio de Teatro da ex-Sociedade de Escritores por Condenados à vida.
  • 1994: Gran Premio da Sociedade Portuguesa de Autores por Todo o amor é amor de perdição.
  • 2016: Praza Luiz Francisco Rebello, nun dos patios deseñados por Álvaro Siza Vieira no Chiado.[11]

Notas[editar | editar a fonte]

  1. Lusa. "Morreu o dramaturgo Luiz Francisco Rebello". PÚBLICO (en portugués). Consultado o 2020-05-06. 
  2. 2,0 2,1 "Luiz Francisco Rebello". cvc.instituto-camoes.pt (en portugués). Arquivado dende o orixinal o 21 de setembro de 2020. 
  3. "Até sempre Luís Francisco Rebello, pensador audaz, visionário e cidadão do futuro!". www.gda.pt/pt/gda/noticias/arquivo/ (en portugués). Arquivado dende o orixinal o 02 de marzo de 2019. 
  4. "Morreu Luiz Francisco Rebello (1924-2011)". Jornal Expresso (en portugués). Consultado o 2020-05-06. 
  5. Infopédia. "Luiz Francisco Rebello - Infopédia". Infopédia - Dicionários Porto Editora (en portugués). Consultado o 2020-05-06. 
  6. Boletim Municipal de Lisboa nº 1185, 3º Suplemento
  7. Helena Roldão (27-01-2014). "Ficha histórica: Mundo literário : semanário de crítica e informação literária, científica e artística (1946-1948)." (pdf). 
  8. Helena Roldão (12 de Outubro de 2012). "Ficha histórica:Atlântico: revista luso-brasileira (1942-1950)" (pdf). 
  9. Rita Correia (16 de maio de 2019). "Ficha histórica:Arte Opinião (1978-1982)" (PDF). 
  10. "Birds with Clipped Wings (1963) - IMDb" (en inglés). Consultado o 2020-05-06. 
  11. "Sítio da Câmara Municipal de Lisboa: toponímia". www.cm-lisboa.pt. Arquivado dende o orixinal o 18 de outubro de 2020. Consultado o 2020-05-06. 

Véxase tamén[editar | editar a fonte]

Bibliografía[editar | editar a fonte]

  • Barata, José de Oliveira (1999). “O teatro de uma vida”, in Luiz Francisco Rebello, Todo o teatro. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Biblioteca de Autores Portugueses.
  • Cruz, Duarte Ivo (1969). “Luiz Francisco Rebello”, in Introdução ao teatro português do século XX. Lisboa: Espiral.
  • ___(1983).“Luiz Francisco Rebello”, in Introdução à história do teatro português. Lisboa: Guimarães Editores.
  • ___ (2001). “Luiz Francisco Rebello”, in História do teatro português. Lisboa:, Verbo.
  • Fadda, Sebastiana (2006). “A dramaturgia de Luiz Francisco Rebello: do Teatro Estúdio do Salitre às significações do palco”, in Estudos Italianos em Portugal, nova série, n.º 1.
  • ___ (2012). “O fulgor de uma inteligência apaixonada: Imagens da dramaturgia de Luiz Francisco Rebello”, in Sinais de Cena, Nº 17, junho, APCT / CET, pp. 19-32.
  • Fuente Ballesteros, Ricardo de la / AMEZUA, Julia (coord.) (2002).Diccionario del teatro iberoamericano. Salamanca: Almar.
  • Machado, Álvaro Manuel (1996). “Luiz Francisco Rebello”, in Álvaro Manuel Machado (dir.), Dicionário de literatura portuguesa. Lisboa: Editorial Presença.
  • Picchio, Luciana Stegagno (1969).História do teatro português, tradução de Manuel de Lucena sobre a 1.ª edição italiana [Roma, Edizioni dell’Ateneo, 1964], corrigida e aumentada pola Autora. Lisboa: Portugália Editora.
  • Porto, Carlos (1973). Em busca do teatro perdido. Lisboa: Plátano Editora, Colecção Movimento, 2 vols.
  • Quadros, António (1964). Crítica e verdade. Lisboa: Livraria Clássica Editora, pp. 229-236.
  • Rodrigues, Urbano Tavares (1961). Noites de teatro. Lisboa: Edições Ática, 2 vols.
  • ___ (1966).Realismo. Arte de vanguarda e nova cultura. Lisboa: Editora Ulisseia.
  • ___ (1998). “Luiz Francisco Rebello: a paixão do teatro”, in Jornal de Letras, 12 de agosto.
  • Santos, Luisa Duarte (org.) (2010), Os autos da vida de Luiz Francisco Rebello. Catálogo da exposição. Vila Franca de Xira: Câmara Municipal de Vila Franca de Xira – Museu do Neo-Realismo.
  • Seródio, Maria Helena Serôdio (2000). “Luiz Francisco Rebello: o lugar da consequência”, in Cadernos de Teatro, n.° 16, Almada, Companhia de Teatro de Almada, junho.
  • ___ (2004). “Dramaturgia”, in AA.VV., Literatura portuguesa do século XX. Lisboa: Instituto Camões, Colecção Cadernos Camões, pp. 95-141.
  • ___ (2012). “Luiz Francisco Rebello: o escândalo da clareza” in Sinais de Cena, Nº 17, junho, APCT / CET, pp. 51-55.
  • Simoes, João Gaspar (1985). Crítica VI. O teatro contemporâneo (1942-1982). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Temas Portugueses.
  • Teixeira, António Braz (2006). “Prefácio breve e talvez inútil”, in Luiz Francisco Rebello, Todo o teatro II. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Biblioteca de Autores Portugueses.
  • Trigueiros, Luís Forjaz (1969). Novas perspectivas. Lisboa: União Gráfica, pp. 197-201.