Jaime Cortesão

Na Galipedia, a Wikipedia en galego.
Infotaula de personaJaime Cortesão

Editar o valor em Wikidata
Nome orixinal(pt) Jaime Zuzarte Cortesão Editar o valor em Wikidata
Biografía
Nacemento29 de abril de 1884 Editar o valor em Wikidata
Ançã, Portugal (pt) Traducir Editar o valor em Wikidata
Morte14 de agosto de 1960 Editar o valor em Wikidata (76 anos)
Lisboa, Portugal Editar o valor em Wikidata
Datos persoais
País de nacionalidadePortugal
Reino de Portugal Editar o valor em Wikidata
EducaciónUniversidade do Porto Editar o valor em Wikidata
Actividade
Ocupaciónpolítico , historiador , historian of cartography (en) Traducir , médico Editar o valor em Wikidata
LinguaLingua portuguesa Editar o valor em Wikidata
Familia
FillosMaria Judith Zuzarte Cortesão (pt) Traducir Editar o valor em Wikidata
IrmánsArmando Cortesão (pt) Traducir Editar o valor em Wikidata
ParentesAgostinho da Silva (pt) Traducir (xenro) Editar o valor em Wikidata
Premios

Find a Grave: 44948190 Editar o valor em Wikidata

Jaime Zuzarte Cortesão, nado en Ançã, Cantanhede o 29 de abril de 1884 e finado en Lisboa o 14 de agosto de 1960)[1], foi un médico, político, escritor e historiador portugués. Fillo do filólogo António Augusto Cortesão, irmán do historiador Armando Cortesão e pai da ecoloxista Maria Judith Zuzarte Cortesão.

Traxectoria[editar | editar a fonte]

Jaime Cortesão Estudou no Porto, en Coímbra e en Lisboa, licenciándose en Medicina en 1909. Foi profesor no Porto de 1911 a 1915, cando foi elixido deputado por aquela cidade. En plena primeira guerra mundial defendeu a participación do país no conflito, intervindo como voluntario do Corpo Expedicionário Português, no posto de capitán médico, experiencia que relatou nas súas memorias[2][3].

Fundou, con Leonardo Coimbra e outros intelectuais, en 1907 a revista Nova Silva. En 1910, con Teixeira de Pascoaes, colaborou na fundación da revista A Águia e en 1912 iniciou Renascença Portuguesa, que publicaba o boletín A Vida Portuguesa. En 1919 foi nomeado director da Biblioteca Nacional de Portugal. En 1921 abandonou a Renascença Portuguesa e foi un dos fundadores da revista Seara Nova.

Participou nunha tentativa de derrube da ditadura militar portuguesa, presidindo a Junta Revolucionária establecida no Porto. Por ese motivo foi destituído do seu cargo na Biblioteca Nacional de Lisboa en 1927. Exiliouse en Francia, de onde saíu en 1940, cando foi invadida polas forzas da Alemaña nazi no contexto da segunda guerra mundial. Dirixiuse ó Brasil a través de Portugal, onde foi detido por un curto período de tempo[1].

Xa no Brasil, estableceuse no Río de Xaneiro, dedicándose ó ensino universitario. Especializouse na historia dos Descubrimentos portugueses (da que resultou a publicación dunha obra homónima) e na formación territorial do Brasil. En 1952 organizou a Exposição Histórica de São Paulo, para conmemorar o 4.º centenario da fundación da cidade.

Regresou a Portugal e 1957. Tras involucrarse na campaña de Humberto Delgado, foi detido por catro días, xunto con António Sérgio, Vieira de Almeida e Mário de Azevedo Gomes en 1958, ano no que foi elixido de novo presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores.

Obra[editar | editar a fonte]

  • A Morte da Águia (Lisboa, 1910).
  • A Arte e a Medicina: Antero de Quental e Sousa Martins (Coímbra, 1910).
  • …Daquém e Dalém Morte, contos (Porto, 1913).
  • Glória Humilde, poesía (Porto, 1914).
  • Cancioneiro Popular. Antologia (Porto, 1914).
  • Cantigas do Povo para as Escolas (Porto, 1914).
  • O Infante de Sagres, drama (Porto, 1916).
  • Egas Moniz, drama (Porto, 1918).
  • Memórias da Grande Guerra (1916-1919) (Porto, 1919).
  • Adão e Eva, drama (Lisboa, 1921).
  • A Expedição de Pedro Álvares Cabral e o Descobrimento do Brasil (Lisboa, 1922).
  • Itália Azul (Río de Xaneiro; Porto, 1922).
  • O Teatro e a Educação Popular (Lisboa, 1922).
  • Divina Voluptuosidade, poesía (Lisboa, 1923).
  • Intuitos da União Cívica, União Cívica. Conferências de Propaganda (Porto, 1923).
  • Do sigilo nacional sobre os Descobrimentos (Lisboa, 1924).
  • A Tomada e Ocupação de Ceuta (Lisboa, 1925).
  • Le Traité de Tordesillas et la Découvert de L'Amérique (Lisboa, 1926).
  • A Expansão dos Portugueses na História da Civilização (Lisboa, 1983 (1ª ed., 1930)).
  • Os Factores Democráticos na Formação de Portugal (Lisboa, 1964 (1ª ed., 1930)).
  • Cartas à Mocidade, en Seara Nova, Lisboa, 1940.
  • Missa da Meia-noite e Outros Poemas, co pseudónimo de António Froes (Lisboa, 1940).
  • 13 Cartas do cativeiro e do exílio (1940) (Lisboa, 1987).
  • O carácter lusitano do descobrimento do Brasil (Lisboa, 1941).
  • Teoria Geral dos Descobrimentos Portugueses – A Geografia e a Economia da Restauração (Lisboa, 1940).
  • O que o povo canta em Portugal. Trovas, Romances, Orações e Selecção Musical (Río de Xaneiro, 1942).
  • Cabral e as Origens do Brasil (Río de Xaneiro, 1944).
  • Os Descobrimentos pré-colombinos dos Portugueses (Lisboa, 1997 (1ª ed., 1947)).
  • Eça de Queiroz e a Questão Social (Lisboa, 1949).
  • Os Portugueses no Descobrimento dos Estados Unidos (Lisboa, 1949).
  • Alexandre de Gusmão e o Tratado de Madrid (Lisboa, 1950).
  • Parábola Franciscana, poesía (Lisboa, 1953).
  • O Sentido da Cultura em Portugal no século XIV (Lisboa, 1956).
  • Raposo Tavares e a Formação Territorial do Brasil (Río de Xaneiro, 1958).
  • A Política de Sigilo nos Descobrimentos nos Tempos do Infante D. Henrique e de D. João II (Lisboa, 1960).
  • Os Descobrimentos Portugueses, 2 vols. (Lisboa, 1960-1962).
  • Introdução à História das Bandeiras, 2 vols. (Lisboa, 1964).
  • O Humanismo Universalista dos Portugueses (Lisboa, 1965).
  • História do Brasil nos Velhos Mapas (Río de Xaneiro, 1965-1971).
  • Portugal – A Terra e o Homem (Lisboa, 1966).

Notas[editar | editar a fonte]

Véxase tamén[editar | editar a fonte]

Ligazóns externas[editar | editar a fonte]