Tratado de Lanhoso: Diferenzas entre revisións

Na Galipedia, a Wikipedia en galego.
Contido eliminado Contido engadido
Sen resumo de edición
Sen resumo de edición
Liña 7: Liña 7:
== O Tratado ==
== O Tratado ==


Para a académica [[Janaina Reis Alves]] na firma do tratado percíbese a Dona Urraca coa deconstrucción da figura da muller como sexo fráxil. Urraca reinara por todo un período, enfrentou ataques do ex- cónxuge, subxugara a irmá, defendeu territorios, co mesmo éxito dos seus pares masculinos.<ref>[http://www.seer.veredasdahistoria.com.br/ojs-2.4.8/index.php/veredasdahistoria/article/view/374 "Tratado de Lanhoso"]{{pt}}</ref>
Para a académica [[Janaina Reis Alves]] na firma do tratado percíbese a Dona Urraca coa deconstrucción da figura da muller como sexo fráxil. Urraca reinara por todo un período, enfrentou ataques do ex- cónxuge, subxugará a irmá, defendeu territorios, co mesmo éxito dos seus pares masculinos.<ref>[http://www.seer.veredasdahistoria.com.br/ojs-2.4.8/index.php/veredasdahistoria/article/view/374 "Tratado de Lanhoso"]{{pt}}</ref>


{{cita|"Teresa, [irmã ilegítima de Urraca I] mulher sagaz, desleal e bela, cuidou logo de explorar os conflitos dinásticos em favor de sua autoridade, induzindo Afonso de Aragão a romper com D. Urraca. Porém a crise, desencadeada pelo choque deste monarca como os nobres e burgueses de Castela, obrigou Afonso a retirar-se para os seus domínios, em Aragão. D. Urraca ficou irada com a atitude da irmã D. Teresa, que, para aplacá-la, se declara sua vassala. Em 1115, vêmo-la nas Cortes de Oviedo como infanta submissa (41:75-7). Estabelece-se o tratado de Lanhoso, pelo qual D. Teresa se reconhece vassala, prometendo defender a irmã contra os inimigos e traidores cristãos e mouros. Em compensação, D. Urraca concedia à irmã muitas terras em Salamanca, Ávila, Toro e Samora, com rendas e direitos senhoriais destas cidades.
{{cita|"Teresa, [irmã ilegítima de Urraca I] mulher sagaz, desleal e bela, cuidou logo de explorar os conflitos dinásticos em favor de sua autoridade, induzindo Afonso de Aragão a romper com D. Urraca. Porém a crise, desencadeada pelo choque deste monarca como os nobres e burgueses de Castela, obrigou Afonso a retirar-se para os seus domínios, em Aragão. D. Urraca ficou irada com a atitude da irmã D. Teresa, que, para aplacá-la, se declara sua vassala. Em 1115, vêmo-la nas Cortes de Oviedo como infanta submissa (41:75-7). Estabelece-se o tratado de Lanhoso, pelo qual D. Teresa se reconhece vassala, prometendo defender a irmã contra os inimigos e traidores cristãos e mouros. Em compensação, D. Urraca concedia à irmã muitas terras em Salamanca, Ávila, Toro e Samora, com rendas e direitos senhoriais destas cidades.

Revisión como estaba o 9 de xaneiro de 2021 ás 19:56

Coñécese como Tratado de Lanhoso ó asinado no Castelo de Lanhoso, Portugal no actual concello de Póvoa de Lanhoso, no ano 1121 tras a victoria de Dona Urraca de León e Castela, raíña de Castela e León, que quería reclamar o condado portucalense. A pesar da posición de inferioridade, a súa media-irmá, Tareixa, condesa de Portugal, coa axuda dos arcebispos de Santiago de Compostela e de Braga, consegue salvar o seu goberno sobre o condado portucalense.[1]

Despois da morte do seu esposo, Dona Tareixa chámase o gobierno do condado en forma de rexencia tutelada do seu fillo, ata unha auto-proclama dun título de Raiña. Pero nese punto Dona Urraca reclama o condado para Castelá e León.

As forzas de Castela e León derrotan fácilmente ao exército de Dona Tareixa e rodea o Castelo de Lanhoso. Coa resolución do citado tratado, permanencia de Tareixa no posto e vasalaxe requerida por Dona Urraca.

O Tratado

Para a académica Janaina Reis Alves na firma do tratado percíbese a Dona Urraca coa deconstrucción da figura da muller como sexo fráxil. Urraca reinara por todo un período, enfrentou ataques do ex- cónxuge, subxugará a irmá, defendeu territorios, co mesmo éxito dos seus pares masculinos.[2]

"Teresa, [irmã ilegítima de Urraca I] mulher sagaz, desleal e bela, cuidou logo de explorar os conflitos dinásticos em favor de sua autoridade, induzindo Afonso de Aragão a romper com D. Urraca. Porém a crise, desencadeada pelo choque deste monarca como os nobres e burgueses de Castela, obrigou Afonso a retirar-se para os seus domínios, em Aragão. D. Urraca ficou irada com a atitude da irmã D. Teresa, que, para aplacá-la, se declara sua vassala. Em 1115, vêmo-la nas Cortes de Oviedo como infanta submissa (41:75-7). Estabelece-se o tratado de Lanhoso, pelo qual D. Teresa se reconhece vassala, prometendo defender a irmã contra os inimigos e traidores cristãos e mouros. Em compensação, D. Urraca concedia à irmã muitas terras em Salamanca, Ávila, Toro e Samora, com rendas e direitos senhoriais destas cidades. Este é somente um dos muitos exemplos de êxito da governança feminina na península Ibérica durante o período medieval. Analisá-lo e compará-lo com o conceito de sexo frágil aplicado pelo senso comum possibilita perceber que este senso comum baseia-se em uma teoria há muito ultrapassada, porém, ainda assim se trata de uma teoria e isso deve ser explicado em sala de aula, o quando, o como, o porquê da sua utilização e a benefício de quem, pois dessa forma o aluno pode refletir e construir o conhecimento de forma crítica." — (GALLI, 1997 p.31").

No século XVII, após a oucpación española, o castelo entrou nunha fase de decadencia, chegando as aproveitarse as suas pedras para a construción do Santuário de Nossa Senhora do Pilar.

Outros artigos

  1. "Tratado de Lanhoso"(en castelán)
  2. "Tratado de Lanhoso"(en portugués)